Neste episódio, investigadores do Instituto de História Contemporânea – Pólo da Universidade de Évora exploram a narrativa tradicional dos grandes naturalistas europeus do século XIX e questionam o papel silencioso — e frequentemente invisibilizado — dos colaboradores locais nas expedições científicas.
  A conversa revela como estes “agentes invisíveis”, como caçadores, guias, tradutores e curandeiros, foram fundamentais para a obtenção de coleções, herbários e dados de campo que moldaram a ciência europeia.
Com vista à desconstrução da figura do cientista solitário, o episódio destaca a sociabilidade e a interdependência que sustentaram as redes de investigação colonial. Através de múltiplas fontes — correspondências, relatos e jornais da época —, é sublinhado que a ciência nunca foi fruto de um esforço isolado, mas sim de um conjunto de atores, contextos e interações.