CAPELLO, H.; IVENS, R. De Benguella às Terras de Iácca. v. 1. Lisboa: Imprensa Nacional, 1881, p. 193.
“É nesses momentos de luta com tão estupendas dificuldades que o explorador pode bem apreciar a dedicação de muitos dos seus companheiros africanos. Coitados, sem que no futuro partilhem da glória de ter vencido tantos perigos e contrariedades, são eles os primeiros a quererem proteger e levar a cabo uma empresa cujos fins ignoram.” (H. Capello e R. Ivens, 1881).
Invisibilizados pela ciência europeia e ignorados pela historiografia por muito tempo, os africanos que viajaram com os exploradores europeus no século XIX contribuíram de forma significativa com a construção do conhecimento científico e a formação das coleções resultantes dessas expedições.
Nossa plataforma online apresentará mapas digitais dos itinerários percorridos, gráficos das redes sociais entre viajantes e agentes locais, ilustrações históricas e uma cronologia interativa de quatro dessas viagens. Por meio dessas visualizações, procuramos desvelar essa “rede dos invisíveis” e propor uma reavaliação da prática científica de campo no século XIX e das contribuições das comunidades locais.
Junte-se a nós nesta jornada rumo a uma compreensão das dinâmicas sociais das expedições científicas na África do século XIX.