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Da Natureza ao Museu. Naturalistas e exploradores nos séculos XVIII e XIX; 4.5.2023

Histórias entrelaçadas: O caso das coleções de Friedrich Welwitsch (1806-1872)

O Museu Nacional de História Natural e da Ciência recebe o Seminário “Da Natureza ao Museu. Naturalistas e exploradores nos séculos XVIII e XIX”.

Um encontro que é uma oportunidade para ouvir o Professor Rafael Sagredo, Prémio Nacional de História 2022 do Chile e para aprender e debater com o seu conhecimento sobre os naturalistas e exploradores no continente americano no final da modernidade.

Mas este encontro não quer apenas centrar-se no Chile e no continente americano, quer fazer uma ponte com o nosso país e também com o presente, com a ciência, os objetos e os museus. Ouvir contribuições de colegas nacionais que refletem também sobre a constituição das coleções e dos museus. Terá o museu efetivamente evoluído diretamente das Câmaras de Maravilhas para os Museus Nacionais? Terá sido a arte o motor? Que papel teve a ciência? Ou até a passagem dos reinos para nações que levaria, no século XIX, à transformação da própria História e à criação da Arqueologia enquanto disciplinas dirigidas pela cultura material, que viriam a alimentar uma conceção científica de Museu.

Não obstante, há muito que os historiadores, cientistas sociais e das humanidades, investigadores artísticos e artistas portugueses recorrem a narrativas, atividades de mediação e meios de comunicação dirigidos para públicos não académicos, que se sucedem as celebrações cívicas oficiais, os projetos de base comunitária, participativa, educativa e de história oral levados a cabo em arquivos, museus, associações e movimentos sociais, assegurando a progressiva socialização da produção do conhecimento histórico. Por outro lado, a História Pública tem potenciado o trabalho interdisciplinar, possibilitando o cruzamento de metodologias e formas de conhecimento que conduzem a reinterpretações, entendimentos históricos e formas de relacionamento com os públicos originais. São prolixas as experiências envolvendo novas linguagens e tecnologias, métodos colaborativos, públicos diversos e/ou sub-representados. Desenvolvem-se projetos partilhados em torno de passados difíceis ou memórias conflituais, diversificando-se os processos e as práticas sociais de construção de património material e imaterial, de recolha de testemunhos e documentos históricos, potenciando a construção de novas identidades sociais.